abril 30, 2009

O Clube das Virgens

Hoje no artigo de opinião que publica diáriamente, Miguel Esteves Cardoso fala sobre a existência de um "Clube das Virgens".

Evidentemente, fui à procura do tal "Clube", que, aparentemente, foi fundado há mais de ano e conta com a participação de uma corajosa que assume a sua condição. Aparentemente, o clube é exclusivamente para meninas, pois os homens não têm direito a serem virgens.

Mas, não escrevo para falar dos méritos ou deméritos do tal clube, que, também é bom de ver, estão minunciosamente comentados pela internet por boas e más linguas também.

Fala MEC, da "maneira saudavelmente entediada como a imprensa tem tratado o Clube de Virgens". Originalmente, seria sobre isso que me iria debater : o tratamento noticioso que foi dado. No entanto, após ver as dezenas de comentários que invadiram o blog do clube, de teor inenarrável, mudei de ideias.

De facto é difícil ser-se idealista no mundo de hoje, em que as pessoas se desviam do seu caminho apenas pelo prazer de nos cuspir na cara! Ainda mais quando mais não fazem do que demonstrar a sua bestialidade, a sua ímundicie...

Quando, pergunto eu, é que deixamos de ter vergonha? Onde será que as pessoas perdem a sensibilidade pelo sentir e pelo pensar do outro? Em que fase, em que momento da vida, deixaram as pessoas de ter solidariedade pelo próximo, e passaram a ter prazer em fazer mal às pessoas, apenas porque sim, porque julgam que podem? Se alguém souber, talvez possa partilhar comigo, para que se consiga resgatá-las de novo desse poço sem fundo!

Não, caro MEC, o tratamento dado ao Clube, e a esta jovem em particular, pouco tem de saudável. Se algum mérito tem, por outro lado, é o de apontar apenas o quão reles pode ser o ser humano.

abril 29, 2009

Comentário "Nada contra o Estado"

Passe a publicidade:

Excelente artigo. A questão, é saber se realmente é este o sistema que melhor defende os valores que representam Portugal, e que o país necessita.

A minha opinião é que não. A forma como o poder político tem sido exercido - pelo menos desde que acompanho estas temáticas - é, a meu ver, ultrajante. Temos sido governados não para o povo, mas apesar do povo. Quem queira contribuir para o exercício da democracia tem uma escolha curiosa: ou, enfiar-se em partidos políticos que exigem mundos e fundos - falo por experiência, se não própria, próxima o suficiente para saber que não quero tal para mim - trabalho duro para os caciques locais ou regionais, que permitam ser apadrinhado até uma posição razoável na hierarquia; ou, em alternativa, ser uma figura mediática, o que com algumas figuras retóricas e sempre com subserviência ao poder já instalado, permite o sempre necessário endorso do partido.

A participação democrática a independentes - e, a pequenos partidos - encontra-se severamente limitada, o que é inaceitável.

Outra coisa profundamente errada - a meu ver, claro está - é a tão falada disciplina de voto na Assembleia da República. Quase que se pode dizer que ouçamos o que quer que seja em campanha, mal o nosso voto esteja no poder do senhor deputado, ele se transforma num receptor-transmissor, não das necessidades de quem vota nele mas sim de quem manda no partido.

Este é o estado do Estado.

E isto explica em grande parte os resultados expressos no artigo. Os portugueses, que mal ou bem sempre vão sentido que as coisas não vão bem, viram-se para (apesar de tudo) a unica figura que tem resistido aos conluios partidários - O Presidente da República. É, apesar de tudo, um caminho perigoso, e nem me parece que seja o melhor, nem sequer necessário...

Ps: Peço desculpa pelo comentário longo...

abril 27, 2009

Perspectivas Políticas

Contrariando a grande maioria dos meus amigos, todos os testes políticos confirmam a minha impressão pessoal sobre os meus pontos de vista: ligeiramente conservador, mas claramente ao centro!

Em particular, achei piada ao EU Profiler, extremamente bem adaptado à realidade europeia (e portuguesa também). Curiosamente, o partido mais próximo às minhas respostas não foi o PSD, mas sim o Movimento Esperança Portugal!


Aceito o resultado do teste, pois é um partido novo, pouco conhecido, mas com um projecto que já conhecia e - em grande parte (segundo o teste, 79.6%) - em que me revejo! Estando eu tão farto dos partidos tradicionais - o PSD, em particular, não me consegue entusiasmar minimamente - quem sabe não está encontrado o fiel depositário do meu voto este ano?

Viva o MEP! Viva Portugal!

abril 26, 2009

Humor Antigo

Hoje, um blog muito engraçado que descobri pelas minhas deambulações nocturnas. Chama-se Humor Antigo e, como o nome indica, é uma colecção de ilustrações humorísticas dos tempos dos nossos avós!

Deixo aqui em simultâneo, uma provocação e um aperitivo! Espero que gostem tanto quanto eu!
Vale a pena...

abril 25, 2009

25 de Abril (II)

... Porque no fundo no fundo, eu gosto é de vos dar musica!...

Perguntei ao vento
Onde foi encontrar
Mago sopro encanto
Nau da vela em cruz
Foi nas ondas do mar
Do mundo inteiro
Terras da perdição
Parco império mil almas
Por pau de canela e mazagão

Pata de negreiro
Tira e foge á morte
Que a sorte é de quem
A terra amou
E no peito guardou
Cheiro da mata eterna
Laranja luanda
Sempre em flor.

24 de Abril de 1974, 22h55m...

... Começa a Revolução dos Cravos!

abril 22, 2009

O Acordo Ortográfico

Num outro artigo de Opinião publicado hoje, Vasco Graça Moura conta-nos como a apreciação que a petição está a ter no parlamento, está a ser importante para se reverem as decisões que se tomam neste país. Quem me conhece melhor sabe que sou frontalmente contra a aplicação deste acordo, e que me recuso terminantemente a aceitar os termos desta uniformização que mais não é que a obliteração de uma parte significativa da nossa cultura.

Faço desde já o apelo a todos que lêm estas linhas e concordam com elas, que manifestem o seu apoio assinando os manifestos que estão disponíveis aqui e aqui.

No entanto, temo que no final das contas feitas o resultado seja... Nulo! Os Tratados estão assinados, ratificados, e o Brasil já começou inclusivamente a aplicá-lo.

A força dos números brasileiros está aí. Qualquer um de nós já procurou concerteza uma qualquer pesquisa na internet, para encontrar dificuldade em encontrar algo que tenha a ver com Portugal. Será que a solução é resignarmo-nos?

Opiniões

Gosto imenso de ler a opinião que se publica na imprensa nacional. A newsletter do Público, mesmo apesar dos erros de formatação (diários) e da opinião do Vital Moreira (semanal), é invariavelmente um ponto alto das minhas manhãs, e o mesmo se passa com a opinião publicada (esta acessível sem assinatura) no Jornal de Notícias (e, numa escala bem menor, com o Honório Novo e a sua retórica).

É um espaço onde a actualidade é decomposta e explicada em termos simples, e que geralmente vai mais além das notícias simples e secas. Os detalhes e as nuances, muitas vezes escondidos da análise superficial dos noticiários, são postos amíude em evidência, e as causas e consequências debatidas.

Mas, muitas vezes, acontece também trazerem para a luz do dia notícias obscuras. Um exemplo último é o seguinte, que devo agradecer a Manuel António Pina.

Algum de vós tinha ouvido que o Parlamento gastou não menos que 1 milhão de euros em carros de alta cilindrada? Pois, eu não tinha, e por isso parti à descoberta. A informação que descobri, encontra-se partilhada neste post: uma notícia do correio da manhã, e um vídeo no IOL Diário que a minha ligação nem me permite ver.

Seria de esperar que uma notícia destas tivesse uma cobertura noticiosa superior, e que o porquê de tal investimento fosse explicado aos portugueses.

Fui ao site do parlamento ver se via mais informação sobre o tema, mas nem uma palavra de esclarecimento estava disponível. (Mas, nem tudo foi mau, gostei muito das palavras-chave que lá encontrei, cidadania, liberdade, igualdade, futuro, são tudo ideais que uma pessoa aprecia encontrar quando fica a saber que na maior crise do séc XXI até ao momento os senhores deputados escolhem trocar de carro).

É que sou todo a favor da dignidade que um alto cargo do Estado merece, e até nem queria criticar sumáriamente a aquisição, mas isso torna-se dificil de fazer quando as coisas são feitas à socapa, e nem um comentário a explicar as coisas ao povo encontramos num dos meios mais importantes de comunicação institucional.

Ps: Uma jornalista foi à Ordem dos Notários pedir todas as escrituras que tiveram a intervenção do Primeiro-ministro. A Ordem dos Notários deu procedência ao pedido, e isso gerou imediatamente polémica, com o Secretário de Estado Tiago Silveira, chocado com o caso, vir a público queixar-se de devassa da vida privada e de perseguição ao Primeiro Ministro - o argumento de sempre.

Responde - e muito bem - o Ex-Bastonário da Ordem Joaquim Barata Lopes (num artigo de opinião) que as escrituras são públicas, e que o que a Ordem fez mais não é do que uma obrigação decorrente da lei, e que só não é cumprida pelo próprio Estado devido à sua incompetência.

Mais, põe o dedo na ferida: "O secretário de Estado da Justiça qualifica de muito grave a actuação da Ordem dos Notários, tão só porque o nome do outorgante de cujas escrituras se pretendem obter certidões é o de José Sócrates (e não o de José Silva) e o requerente foi um jornalista."

Numa altura em que se debate o fim do sigilo bancário (curiosamente apenas para pessoas singulares), que (ainda) é sigiloso, vir classificar de muito grave e atentatório da vida privada a divulgação de escrituras - cuja publicidade é a própria razão da sua existência - é no mínimo caricato e mais um tiro no pé para o Governo.

abril 20, 2009

Ataque cego

Não demorou muito tempo, a resposta de José Sócrates à intervenção de Cavaco Silva no 4.º Congresso da Associação Cristã de Empresários e Gestores. E, meus senhores, que resposta!

Fazendo jus ao seu Ministro Santos Silva, avançou estóicamente e com galhardia o Primeiro Ministro, disparando à esquerda e à esquerda!

Iluminado pela providência divina, lá nos explicou mais uma vez o caminho: "(...) não precisamos da política do recado, do remoque, do pessimismo, do bota-abaixismo, da crítica fácil" - isto é, de quem não concorda com ele - mas sim de "políticos que dizem o que é preciso fazer, o que é possível fazer, e o que está ao seu alcance fazer" - dele, imagino eu...

Cada vez mais sobre pressão, o pequeno ditador começa a embirrar. O discurso, antes altivo e superior, não goza mais da frescura inicial, está cada vez mais gasto, se bem que mantenha intacta a sobranceria. Será que haverá alguém que ainda acredite na tese persecutória?

Chegamos à altura da contagem de espingardas, e quem não está com ele está contra ele! Evidentemente, não teria que ser assim, mas é. Cavaco Silva, que era o último não partidário que ainda mantinha a confiança - muito para além de muitos socialistas filiados -, decidiu finalmente fazer reparos à governação. E, passou instantaneamente de cooperante institucional cuja opinião se dizia respeitar, se bem que nem sempre concordar, para vil maldizente e obreiro porventura da campanha negra que fecha cada vez mais o cerco sobre o indefeso mas magnificente governante.

Entretanto, no mundo real, toda a Oposição alinhou pelo diapasão do Presidente. Em particular, ganham os partidos à esquerda do PS, que se sentem (com razão) legitimados pelas declarações de Cavaco, em grande parte coincidentes com a sua propaganda até agora.

Manuela Ferreira Leite, e o seu fraquíssimo PSD, que me parecem ganhar um novo folego com o desgaste cada vez mais acentuado de Sócrates, estica-se em pontas para tomar partido do momento, tentando no entanto manter o frágil equilibrio que é o de ir mandando bitaitadas sem ser arrastada para o meio da lama, o que danificaria irremediávelmente o semblante robóticamente sério que escolheu ser a sua principal arma eleitoral. Será que chega para convencer o eleitorado de uma alternativa credível? Poderá não ter 4 anos de governação em cima, mas tem experiência governativa - condição indispensável para governar nestes tempos de instabilidade. Pode não ter a aura brilhantista e o carisma do PM, mas tem uma imagem de honestidade e desapego que contrastam com os inúmeros casos dubios (para não dizer mais) que pendem sob o pescoço de Sócrates como a lâmina da guilhotina sobre um condenado. O grande problema é que continua associada a uma governação que os portugueses ainda não esqueceram, e o discurso denominado da tanga caiu muito mal na opinião pública, por muito que espelhe hoje mais que ontem a realidade em que o país vive.

abril 19, 2009

O apoio

Perguntaram-me outro dia o que achava do apoio decretado por José Sócrates à recandidatura de José Manuel Durão Barroso à Presidência da Comissão Europeia. Respondi na altura, que considerava esse apoio calculista e hipócrita. Os dias que se passaram desde que dei esta resposta até hoje, se bem que poucos, em nada vieram a alterar a minha opinião.

É para mim evidente que o assumir um eventual não apoio a um compatriota na grande cena europeia teria custos eleitorais, e poderia dinamizar as máquinas eleitorais à direita do PS. Como logo a seguir às Europeias virão legislativas e autarquicas, um risco desses poderia desencadear uma sequencia catastrófica de desaires para o Primeiro Ministro. Compreende-ser assim a mordaça colocada ao cabeça de lista do PS, que já tinha assumido não apoiar Durão.

Por outro lado, a própria decisão de apoiar o actual Presidente da CE, também comporta riscos, maiores em número, mesmo que à partida possa parecer que a soma deles todos em conjunto seja inferior.

A saber:

  • Numa perspectiva europeia e não nacional, o apoio de Sócrates afasta de facto votos (muitos dentro do PS e dentro do eleitorado de esquerda) de quem considera outras alternativas à Presidência melhores que Durão Barroso.

    Os destinos da União são, na sua essencia, transnacionais, e, se bem que seja prestigiante ter um nacional no seu comando, o facto é que Portugal perdeu representatividade durante o consulado de Durão Barroso na chefia da UE, e não se prevê que essa perda fique por aqui.

    Durão não tem culpa disso. Mas, evidentemente que as concepções ideológicas dele (porventura vistas como demasiado subservientes dos interesses dos mais poderosos da UE), torna o apoio do PS uma manobra arriscada.

    A este respeito, a esquerda do PS tem-se comportado como se espera, demarcando-se claramente do actual presidente da União Europeia. Será, assim, ao PCP e ao BE, que convergirão os votos dos descontentes do trabalho de Durão Barroso. Parte Sócrates do princípio que os votos perdidos para a esquerda compensarão os votos que deixará de perder para a direita, privando-a de um resultado que fosse prejudicial às suas ambições de reeleição.

  • Claro que outro risco que terá sido concerteza ponderado pelo Sr. Engenheiro, causar desunião dentro do seu próprio partido. A prová-lo, têm sido as afirmações dos sempre rebeldes Manuel Alegre e Ana Gomes, e também do decano Mário Soares, que parece cada mais ter-se fartado do estilo do actual Primeiro-Ministro. As declarações que têm vindo a público, e estalam cada vez mais flagrantemente o verniz do unanimismo reinante no partido de Governo, são mais um sintoma que o clima está a esfriar bastante na máquina eleitoralista do PS, e que qualquer passo em falso poderá ter consequências cada vez mais gravosas para a própria estabilidade do partido.

  • Em seguida, não se pode perceber como pode o apoio a Durão favorecer a posição do PS nacional no Partido Socialista Europeu, estrutura que agrega os socialistas a nivel trans-nacional.

    Estará Sócrates preparado para ir contra o PSE - que, já disse, também apoia uma personalidade alternativa?

    Convém não ignorar que as Europeias também se realizam noutros países, e que a relação de forças resultante nos outros países (não enviezadas por apoios nacionalistas) é que irão decidir de facto quem irá ser o próximo Presidente Europeu!

    Em caso de vitória do PSE sobre o PPE (que não pode ser um cenário afastado à partida), Sócrates ficará entre a espada e a parede: apoiará Durão, sendo fiel à promessa eleitoral, ou dirá o dito por não dito? E se - caso extremo - a relação de forças no Parlamento Europeu for equilibrada o suficiente para que a votação da comitiva portuguesa, e, nomeadamente, dos deputados socialistas portugueses, tenha influência final no resutado?

    Irá Sócrates contra o seu Partido, a sua família europeia, o seu cabeça-de-lista em favor de um adversário que em comum consigo próprio aparentemente só tem a nacionalidade?

  • Terá o PS também de justificar como pode apoiar, segundo eles, quem é o principal responsável pelo estado de coisas actual a nível mundial, quem pactua com os interesses do grande capital, do estado mínimo, desregulação, e da entrega dos serviços públicos a "interesses privados". Claro que para mim isso é tudo treta ideológica e demagógica, mas há muito boa gente que acredita nisso...
Em suma, não percebo como é que o vazio da razão patriótica e eleitoralista não virá ao de cima com o passar de tempo, e como possa deixar de ser castigada pelo eleitorado. No mínimo, parece-me que o nosso Primeiro Ministro caminha em terreno bastante pantanoso. O próprio parece ter-se apercebido disso mesmo, ao "aceitar trazer leitura nacional para as eleições partidárias" - coisa de que ninguém o acusou, e na qual quem tem sido o mais pródigo tem sido justamente o PS (lembram-se de António Guterres?). Só pode ser uma manobra de fumo, para esconder agora e sempre a falta de ideias e de projecto de futuro, quer para Portugal, quer para a União Europeia.

abril 17, 2009

Segundo o Expresso, "Afegãs protestam contra legalização da violação".

Aparentemente, a manifestação foi contra uma lei que foi promulgada em Março, que diz que "é essencial que a mulher se submeta ao desejo sexual do marido", e que alegadamente (não sei árabe) permitirá a violação da mulher pelo cônjuge. A verdadeira humanidade e prova do progressismo do legislador, aparentemente é a que limita estes direitos em caso de doença da mulher, ou caso ela possa adoecer.

Pelos vistos, a remoção dos ditos Talibans não foi suficiente para mudar as mentalidades. A novidade é que, pelo menos, as pessoas (e as mulheres em particular) começam a reivindicar os seus direitos.

Apoio a 100%! (A manifestação, não a lei...)


Ps:
Se fosse em Portugal, estou em crer que a lei não teria efeitos práticos. Pela forma como foi debatida a questão do aborto por cá, o risco de engravidar é um risco não despiciendo para a saúde da mulher (e, nesta perspectiva - honra seja feita à Nação - tratada de forma conforme pelo SNS, com direito a comparticipação, licença de maternidade, e todas as demais garantias de assistência do Estado), pelo que a castidade estaria garantida no leito conjugal, independentemente das manobras e avanços do marido libidinoso! O que, pensando bem, seria o que deveria acontecer na realidade...

Fwd: BRAGA!!!! ...... Divulguem a foto, por favor! "EU VOS SUPLICO"

Reproduzo aqui um apelo que acabei de fazer em privado, relativamente aos emails reencaminhados:

---------- Forwarded message ----------
From: XXXXXXXXXXXXXXX
Date: 2009/4/17
Subject: Re: BRAGA!!!! ...... Divulguem a foto, por favor! "EU VOS SUPLICO"
To: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX


Olá, como estás?

Desculpa lá, mas estou um pouco cheio deste tipo de mails. Se pensares bem, esta foto já circula na internet há anos, e até já veio na televisão.

É incrível como é que continua a circular por aí!

Este tipo de mensagens é, na sua esmagadora maioria, e feita com os seguintes objectivos:

- Captar endereços de email viáveis para spam,
- Usar mails para difundir informacção, falsa ou verdadeira, sobre pessoas e/ou empresas, como manobra de pressao ou de chantagem,
- Disseminação de virus,
- etc.

http://www.internetsegura.pt/pt-PT/Perigos/email/CuidadosMail/ContentDetail.aspx

Por exemplo, na mensagem que envias, há as seguintes consistencias:
- Os numeros de telefone não coincidem em cima e em baixo (o de baixo é mesmo, de Lisboa!!!!, e não de Braga , como em cima). Mais, o número de Lisboa, tem 10 algarismos, o que deve ser caso único em Portugal, visto todos os outros que conheço terem 9...
- Para uns pais desesperados com o desaparecimento, é impressionante a falta de dados: nao dão o nome completo, nem o que tinha vestido, nem onde desapareceu, em que circunstâncias, nada, nada, nada!
- Como podes facilmente confirmar através de uma pesquisa no site do Banco Espirito Santo, não existe a agência bancária que vem mencionada.

Tens um caso paradigmático aqui:

http://www.relatorioalfa.com.br/modules.php?name=News&file=print&sid=16

Desculpa lá, mas por favor não me envies mais este tipo de mails. Eu não reenvio nada do que me enviam, e a maior parte das vezes simplesmente apago. Assim, prefiro que me mandes notícias tuas de tempos a tempos, mesmo que mais espaçados... Prometo que tentarei fazer igual, está bem?

Beijinhos,

XXXXXXXXXXXXXXX
Geophysicist


2009/4/15 XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX



... Divulguem a foto, por favor! "EU VOS SUPLICO"

: BRAGA!!!! ...... Divulguem a foto, por favor! "EU VOS SUPLICO"

'EU VOS SUPLICO'
> XXXXXXXXXXXXXX
> Banco Espírito Santo, S.A.
> Gestor 360º - Agência S. João do Souto
> Largo S. João do Souto 31
> 4700-030 Braga
> Tel: XXXXXX Telemóvel: XXXXXXXXX Fax: XXXXXXXX
>
> Divulguem a foto, por favor! 'EU VOS SUPLICO'




abril 15, 2009

O manguito de Ronaldo

Prevaleceu a lei do mais forte esta noite, e um só movimento do supostamente melhor jogador do mundo acabou por fazer a diferença entre uma equipa multi-milionária e uma apenas... Milionária!


Estão de parabéns os rapazes que levaram o nome de Portugal e - principalmente - da bela, Muy Nobre e Sempre Leal Cidade do Porto até aqui, e estóicamente nos fizeram acreditar até ao último minuto que era possível.

Respondeu como deve ser Ronaldo às críticas do seu treinador, se não com uma grande exibição, mas com um golo que fez a diferença e vale milhões para o seu empregador. Por vezes é assim!

Aparentemente menos brilhante esteve o treinador portista Jesualdo Ferreira, que foi impedido de estar presente no banco da equipa portista, por alegadamente (eu não vi, e a cena passou-me ao lado) ter mandado um manguito para dentro de campo no jogo da segunda mão da eliminatória anterior, contra o Atlético Madrid.

Não sendo um exemplo de classe para ninguém, espero que tenha aprendido o professor-treinador do Porto com o sempre aluno-jogador da Madeira. No futebol (como na vida) é sempre melhor mandar o manguito através da demonstração do nosso valor e apesar das críticas e dificuldades, que através de gestos rudes e pouco abonatórios!

O do Ronaldo valeu milhões. O do Jesualdo, por outro lado, poderá ter impedido esses milhões.

Também aqui, ficou o Manchester a ganhar...

Claustrofobia

Quando o trabalho parecer desesperante

E as paredes apertarem como nunca

O trânsito interminável

Pensem em mim a saltar de onda em onda

O vento e a maresia a baterem-me na cara

E o Sol a deixar um rasto de sal que se mistura no ar puro que respiro.

Porque eu, quando assim estou

Com o céu e as aves por cima

Os peixes, e o Mar gigantesco por baixo

Livre gota de oceano

Elemento parte dos elementos

Agua

Terra

Fogo

Ar

Não deixo de estar convosco e em vós

... E de comungar com a vossa claustrofobia!

Ps: Por favor não escrever insultos nos comentários... :-)

E agora?

Aqui está uma notícia interessante! O Presidente do Paraguai, Fernando Lugo - que abdicou da sua carreira episcopal para assumir a presidência do país - veio a público assumir a paternidade de uma criança de dois anos, resultado de uma relação que manteve enquanto era bispo.

Qual o significado disto? Relativamente ao próprio, não me parece justo que este facto por si venha a por em dúvida os méritos da obra do senhor quer enquanto sacerdote que enquanto Presidente de uma Nação.

Evidentemente, por outro lado, não é evidente que a manutenção de um relacionamento - para todos os efeitos, como dizer? - ílegítimo, em segredo de tudo e de todos, durante quantos anos não se sabe, poderá com mais legitimidade permitir duvidar dos méritos do senhor quanto à sua formação pessoal...

Pessoalmente, estranho que não tenha sentido a necessidade de assumir o caso - não o do filho, mas antes o da relação com a mãe - ad initium, e tenha esperado para ser "denunciado", para vir a terreiro público. Mas, deixo esse julgamento para quem de direito, ou seja, ele próprio, mãe e filho, os seus conterrâneos, e Deus.

Mas, acima de tudo, parece-me que este caso vem outra vez ensombrar a opção da igreja católica em insistir na obrigação de um suposto celibato no sacerdócio.

Evidentemente que considero que um sacerdote, guardião (suposto) de padrões éticos e morais, deve (tentar) levar uma vida recatada e acima de qualquer sombra de censura pública - e que, como tal, não posso advogar liberdade total. Mas, o problema que se põe é (ponho eu!), em que é que o serviço à comunidade fica benificiado pelo celibato ou não da pessoa que o presta?

Já tenho tido a discussão com várias pessoas - dentro e fora da igreja - e já ouvi a teologia que suporta este "dever" do sacerdote. No entanto, como se pode ver, quando se trata de pôr a teoria à pratica, aparentemente um dever que transparece como sendo rígido para a comunidade leiga, é interpretado de uma forma bem mais flexivel por quem jurou em compromisso de fé observá-lo. Por mim tudo bem, nada tenho a apontar, mas nesse caso não seria melhor pura e simplesmente deixar de exigir o celibato ao nosso clero? Evitar-se-iam estes casos que só envergonham todos os envolvidos, a sociedade, e a Santa Madre Igreja...

A questão, não é pacífica, e tem sido debatida na Igreja. Mas perante a recusa da Igreja em reconhecer a humanidade dos que a servem - com argumentos tão energéticos como inflexíveis - que causa uma sangria não despicienda à própria Igreja e prejudica o seu rebanho, não se vê como casos como o de hoje poderão ter um fim!

Não consta que tenha andado a escolher os solteiros por entre os seus Apóstolos... Pelo contrário, nas Igrejas Primordiais, o celibato era um conceito desconhecido... Tal como o é para as outras duas grandes religiões monoteístas, que, por muito que nos custe por vezes a admitir, gozam a mesma génese do Cristianismo.

O que teria Jesus pensado sobre o assunto?

abril 11, 2009

A notícia de sempre...

No espaço de dois dias, duas notícias sobre as dificuldades que as regiões polares atravessam para manterem os equilíbrios climáticos. Primeiro, a queda de uma ponte de gelo na antártida, que se mantinha sólida durante milhares de anos, e em dois dias ruiu - curiosamente, o investigador citado na notícia afirma estar à muito tempo à espera deste evento. Dois dias depois, chegam-nos novas notícias de que o gelo do Ártico nunca terá sido tão fino como hoje, e que no presente será um fenómeno sazonal.

Nada disto é novidade, portanto... Mas a questão que se põe é, quando é que enquanto sociedade iremos compreender que estes acontecimentos, mesmo do outro lado do mundo, nos dizem directamente respeito?

abril 07, 2009

Diga lá?

Vitalino Canas, agora Provedor para o Trabalho Temporário, defendeu hoje que a fiscalização do trabalho temporário passe para o controle da ASAE. É, de facto, uma ideia sui generis: agora que a crise se instalou; e como feiras, cafés e restaurantes estão vazios, os produtores de enchidos na falência e os fabricantes de colheres de pau passam para a clandestinidade, sempre é uma forma de não deixar os senhores Inspectores da temível ASAE relaxarem, e assim manter os níveis operacionais.

A ASAE tem oportunidade de ir para onde as pessoas estão, e, como tal, onde poderão ser enganadas. Á falta de melhor sítio, há que ir (rapidamente e em força, digo eu!) aos centros de emprego e empresas de trabalho temporário!

Imagino já a onda gigantesca de detenções e multas pesadíssimas aos responsáveis pelas empresas de trabalho, enquanto o pobre desempregado fica do lado de fora da fita da ASAE instalada nas instalações seladas.

De facto, enquanto cidadão, só tenho a agradecer pelo grande serviço público que o Estado está a efectuar em meu favor, e os grandes esforços que desenvolve para combater o estado da coisa!

Depois de ser impedido de trabalhar nas condições que considere adequadas e justas por razões alheias à minha vontade e do potencial empregador – sacrilégio impensável, quando se pode em vez disso estar a receber um qualquer subsídio, só posso justamente ovacionar de pé e até as costas me doerem quem assim nos leva no seu regaço, sem nada mais exigir que o voto de 4 em 4 anos…

Deixo a minha homenagem sentida, e as lágrimas de felicidade cujo sal perdurará nas minhas faces por muitos e longos anos!

Ps: Para quem não sabe o que quero dizer, seria algo mais ou menos algo deste género.

A tragédia era evitável?

O sismo de Itália ocorrido hoje é uma tragédia que todos temos a lamentar. No entanto é um filme já visto centenas de vezes: As populações têm uma tendência de se concentrarem em torno de zonas perigosas, e essa perigosidade é ignorada persistentemente.

É evidente que quando há 90 mortos a lamentar, e um aviso da comunidade científica para um evento desta magnitude e nada se faz, o sentimento de que pelo menos parte da tragédia se podia evitar aumenta. No entanto, o que é que as autoridades podem fazer perante um aviso de que “algures nos próximos meses poderá haver um evento de elevada magnitude”? Não se torna realizável uma evacuação de milhares de pessoas por um período alargado de tempo: após algumas semanas, a população revoltar-se-ia para voltar para casa!

O problema deve ser enfrentado de uma forma mais profunda: através de altos padrões de construção, de edifícios, usando das melhores tecnologias anti-sísmicas existentes, educação sistemática da população, e um sistema de alerta e apoio à comunidade rápido e eficaz.

Basta observar os mapas de eventos sísmicos para verificar que o evento de Itália não é um evento de violência extrema: embora seja um facto que terramotos desta magnitude não provocam mais vítimas apenas porque a grande maioria ocorrem em zonas desertas, países como o Japão aprenderam a lidar com eles de forma a minimizar da melhor forma possível os seus impactos, e dificilmente se imagina que por lá tal tragédia pudesse ocorrer…

Assim, existe um trabalho de fundo a ser efectuado, para que por cá (na Europa e em Portugal) também se minimizem os efeitos dos desastres naturais.

abril 06, 2009

A polémica dos penáltis

No fim de semana seguinte à decisão da Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol de castigar Lizandro Lopez por simulação de penálti relativamente ao jogo com o Benfica, e consequente aviso por parte dos responsáveis portistas de “atenção” aos jogos dos rivais pelo título, eis que assistimos a 3 penáltis no jogo em que o Benfica derrotou o Estrela da Amadora, um inexistente e dois duvidosos.

Perspectiva-se uma longa batalha por castigos originados por penáltis duvidoso. Já Paulo Bento também tinha vindo a terreiro, dizer que este tipo de decisões abre um perigoso antecedente. A ver vamos, o que é que irá acontecer…

Ps.: Após ver os lances, devo acrescentar que estes são no mínimo caricatos. Espero, como mínimo, que haja lugar a sanções à equipa de arbitragem depois de tanto desastre junto.

abril 03, 2009

Uma excelente notícia para quem viaja

A TAP e a CP decidiram interligar os sistemas, através de um sistema de “code share”. Isto vai permitir aos passageiros seguir viagem através da ferrovia para as cidades servidas pelo serviço Alfa. Sem dúvida uma boa notícia para os passageiros, e não só para quem mora longe dos aeroportos.

Infelizmente, sendo Portugal periférico como é, as ligações nem sempre são as mais vantajosas. No meu caso, que parto frequentemente do Porto para sítios “exóticos”, isto significa apanhar os primeiros voos de manhã, e esperar por horas intermináveis em aeroportos de ligação como Frankfurt, Schipol, Fiumiccino, Malpensa, Orly, Charles-de-Gaulle., etc… (Estou farto de aeroportos!)

Em Particular, já me aconteceu perder a ligação para o Porto, mas ver o voo para Lisboa partir sem mim e ter que esperar por algumas horas pela ligação seguinte (através de outra ligação por outro aeroporto).

Pode ser que se este projecto avançar, seja possível beneficiar de um maior leque de opções para as ligações, mesmo que isso implique uma pequena viagenzita de comboio!

abril 02, 2009

O que é que vêm nesta imagem?

o que vês

Uma senhora nova ou uma senhora velha?

Uma resposta à altura?

Foi rápido um entendimento no G20 sobre a forma de actuar na crise. Aparentemente uma acção energética, a rapidez com que o acordo se concretizou foi tão rápido que coloca questões sobre a sua eficácia. Nos últimos tempos, as divergências entre europeus, americanos, e o resto do mundo têm sido de tal ordem, que custa a acreditar que a solução seja tão simples.

Com multidões em pé de guerra nas ruas, não só em Londres, e com todos os governos a sentirem-se pressionados, esta parece ser, para já, apenas uma demonstração de serviço para a opinião pública.

A ver vamos…