abril 29, 2009

Comentário "Nada contra o Estado"

Passe a publicidade:

Excelente artigo. A questão, é saber se realmente é este o sistema que melhor defende os valores que representam Portugal, e que o país necessita.

A minha opinião é que não. A forma como o poder político tem sido exercido - pelo menos desde que acompanho estas temáticas - é, a meu ver, ultrajante. Temos sido governados não para o povo, mas apesar do povo. Quem queira contribuir para o exercício da democracia tem uma escolha curiosa: ou, enfiar-se em partidos políticos que exigem mundos e fundos - falo por experiência, se não própria, próxima o suficiente para saber que não quero tal para mim - trabalho duro para os caciques locais ou regionais, que permitam ser apadrinhado até uma posição razoável na hierarquia; ou, em alternativa, ser uma figura mediática, o que com algumas figuras retóricas e sempre com subserviência ao poder já instalado, permite o sempre necessário endorso do partido.

A participação democrática a independentes - e, a pequenos partidos - encontra-se severamente limitada, o que é inaceitável.

Outra coisa profundamente errada - a meu ver, claro está - é a tão falada disciplina de voto na Assembleia da República. Quase que se pode dizer que ouçamos o que quer que seja em campanha, mal o nosso voto esteja no poder do senhor deputado, ele se transforma num receptor-transmissor, não das necessidades de quem vota nele mas sim de quem manda no partido.

Este é o estado do Estado.

E isto explica em grande parte os resultados expressos no artigo. Os portugueses, que mal ou bem sempre vão sentido que as coisas não vão bem, viram-se para (apesar de tudo) a unica figura que tem resistido aos conluios partidários - O Presidente da República. É, apesar de tudo, um caminho perigoso, e nem me parece que seja o melhor, nem sequer necessário...

Ps: Peço desculpa pelo comentário longo...

Sem comentários: