abril 07, 2009

A tragédia era evitável?

O sismo de Itália ocorrido hoje é uma tragédia que todos temos a lamentar. No entanto é um filme já visto centenas de vezes: As populações têm uma tendência de se concentrarem em torno de zonas perigosas, e essa perigosidade é ignorada persistentemente.

É evidente que quando há 90 mortos a lamentar, e um aviso da comunidade científica para um evento desta magnitude e nada se faz, o sentimento de que pelo menos parte da tragédia se podia evitar aumenta. No entanto, o que é que as autoridades podem fazer perante um aviso de que “algures nos próximos meses poderá haver um evento de elevada magnitude”? Não se torna realizável uma evacuação de milhares de pessoas por um período alargado de tempo: após algumas semanas, a população revoltar-se-ia para voltar para casa!

O problema deve ser enfrentado de uma forma mais profunda: através de altos padrões de construção, de edifícios, usando das melhores tecnologias anti-sísmicas existentes, educação sistemática da população, e um sistema de alerta e apoio à comunidade rápido e eficaz.

Basta observar os mapas de eventos sísmicos para verificar que o evento de Itália não é um evento de violência extrema: embora seja um facto que terramotos desta magnitude não provocam mais vítimas apenas porque a grande maioria ocorrem em zonas desertas, países como o Japão aprenderam a lidar com eles de forma a minimizar da melhor forma possível os seus impactos, e dificilmente se imagina que por lá tal tragédia pudesse ocorrer…

Assim, existe um trabalho de fundo a ser efectuado, para que por cá (na Europa e em Portugal) também se minimizem os efeitos dos desastres naturais.

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